quarta-feira, 27 de maio de 2009

Carta à Lua Nova

Matisse


"a vingança é um prato que se come frio"
provérbio popular



Tua beleza é feito uma poesia,
que me invade retina, pele, boca e ouvido.

E assim como a noite toca em minha janela,
tocas o meu coração já totalmente perdido.

Estou aqui e daqui não consigo ver a lua,
mas sempre pergunto se ela quer me ver.
Ah, se tivesse certeza, arrancaria as grades de minha janela
e sairia nu a procurá-la.

Mesmo sabendo que é errado,
silencio-me a contemplá-la
e me arrependo de não ter me arrependido
de não ter feito nada.

E cá dentro fica doendo...
pois o amor, ao contrário da vingança
é um prato que se come fervendo.



4 comentários:

  1. Dani, que alegria que teus Outros chegaram! Este poema? Aos 12 anos? Nasceu sabendo, inspirado, intenso: que bom que se rendeu cedo às palavras quentes. Bjs.

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  2. Nossa. Lindo por si só. Li, reli. Quero guardar para mim.
    "pois o amor ao invés da vingança
    é um prato que se come fervendo."

    Por isso, nos queimamos sempre.

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